Street Fighter não foi o primeiro jogo de luta, e não é a série mais vendida do mundo. Seus jogos talvez nem sejam os mais populares, dependendo da época. Talvez a série não seja a melhor do gênero, dependendo do ponto de vista. Mas é a série mais importante de todas. Porque se existe alguém responsável pela existência de Mortal Kombat, Tekken, The King of Fighters, Virtua Fighter e de torneios tão emocionantes, esse alguém é a série da Capcom que começou lá em 1987.
Já existia Karateka no Apple II e Yie Ar Kung Fu no NES, mas foram Ryu, Ken e seus hadoukens que criaram os games de luta como eles existem hoje. O primeiro Street Fighter pode ter sido um desastre, mas ele plantou todas as sementes certas, e o que nasceu dali revolucionou o mundo como só jogos como Mario ou Zelda conseguiram.
Street Fighter II é a fonte de onde todos os grandes jogos de luta bebem até hoje. Golpes com intensidades diferentes, magias, combos. Personagens com cenários próprios, músicas próprias, poses próprias, identidade própria. Chun-Li. Os especiais, aqueles que gastam barra, não vieram de Street Fighter – mas a equipe da SNK que trabalhou em Fatal Fury e, posteriormente, em Art of Fighting, onde esse sistema nasceu, veio da Capcom.
Poucas séries renderam tantas lendas quanto Street – isso sem nem contar a “pegadinha” do Shen Long da revista EGM americana e as máquinas de rodoviária. No meu bairro, juravam que acontecia alguma coisa quando você chegava no Bison e dava 10 Double K.O.s seguidos. Já um amigo meu contou que existia um jeito de fazer o Guile puxar uma metralhadora e fuzilar o oponente. E o chefe secreto, um palhaço que se equilibrava em cima de uma bola enquanto fazia malabarismos com facas?
E, óbvio: “radúguem”, “tré-tré-trúguem”, “mini-táxi”, “tiger robocob”, “papai traz hamburger”, “ataque das corujas” e tantas outras expressões que já fazem parte da nossa cultura.
Nossos pais provavelmente sabem o que é Street Fighter. Ou se não sabem, talvez identifiquem um Ryu ou o Blanka, mesmo sem saber o nome deles, nem como se cancela um soco em uma magia. Porque Street Fighter esteve presente em todo lugar, e não só nos jogos. Foram desenhos, quadrinhos, bonecos e um filme que, dizem as lendas, foi tão ruim que até matou o pobre do Raul Julia. Mas que foi eternizado mesmo assim.
Foi esta série que fez florescer a cultura dos jogos de luta, sendo a principal atração de torneios em todo mundo. Mas também foi a série que inundou esse mesmo gênero com jogos demais, para depois revivê-lo, em 2008, quando Yoshinori Ono convenceu a Capcom a se juntar com a Dimps (uma empresa de ex-SNK que eram ex-Capcom, veja só) e lançar Street Fighter IV. Se SF II acendeu a chama do gênero no começo da década de 90, Street IV foi o jogo que despejou gasolina em uma brasa quase apagada – e trouxe, no embalo, coisas como Marvel Vs. Capcom 3, The King of Fighters XII e XIII, a série BlazBlue e o merecido renascimento de Mortal Kombat.
Foi de Street que vieram coisas como a música que vai bem com tudo, a história de quebrar carros com os punhos e os pilões giratórios. E também passaram por aqui alguns dos ilustradores mais talentosos do Japão.
Esta é uma série que influenciou a indústria, o mercado, a cultura e uma geração de jogadores que hoje ainda sente um pouco de nostalgia quando ouve o tema do Ryu. Sabendo ou não soltar um Hadouken, pare por um segundo hoje e diga: parabéns, Street Fighter, pelos seus 25 anos.
Abaixo algumas curiosidades relativas a cultura Street Fighter 
Guile Theme original
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