Empresas portuguesas apostam no acesso à Internet de banda larga
Além dos utilizadores privados portugueses, também empresas portugueas estão a apostar no acesso à Internet de banda larga. O estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que 91% das empresas com dez ou mais trabalhadores fazem o acesso à Internet através de banda larga.
Estes 91% mostram a existência de algumas empresas nacionais, dentro do mesmo perfil, que ainda estão a trabalhar em modelo de ligação de banda estreita (modem analógico ou RDIS). O número total de empresas analisadas com acesso à Internet ascende a 95,4%.
Os números compilados pelo INE ganham contornos "absolutos" no que diz respeito a empresas com 50 ou mais empregados, já que destas empresas, todas têm acesso à Internet e utilizam computadores nas suas atividades.
A aposta nas TIC pelas empresas nacionais sai reforçada quando os números mostram que das marcas com dez ou mais trabalhadores, 51% dispõem de ligações de Internet móvel.
Além de utilizarem a Net como ferramenta, as empresas portuguesas também se mostram na rede. Estima-se que 51,8% das marcas nacionais abrangidas pelo estudo têm uma página na Internet - um número que é fortemente condicionado pelas pequenas empresas (47,2%), que contrastam com as médias e grandes empresas em termos de representatividade (76,2% e 96,1% respetivamente) online.

Sem surpresas, as atividades de informação e de comunicação (96,5%) e as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (95,5%) foram as áreas empresariais que apresentaram uma maior taxa de adoção de Internet de banda larga fixa, contrastando por exemplo com a atividade de transporte e armazenagem (84,9%) que apresentou o número mais baixo entre as 12 áreas de negócios disponíveis. Ainda assim, as empresas de "transportes e armazenagem" são as únicas, a par das atividades imobiliárias, que apresentam uma adoção de 100% no acesso à Internet de banda larga, seja ela fixa ou móvel.
O quadro seguinte mostra ainda que a adoção da Internet de banda larga móvel é uma realidade, mas dependendo da atividade empresarial, essa taxa de adoção e de uso varia bastante, não havendo ainda uma uniformidade neste parâmetro dentro do tecido empresarial português com dez ou mais trabalhadores.

Uma das principais funções que as empresas destinam ao uso de Internet está relacionada com a interação com entidades públicas - neste aspeto, 11 dos 12 setores empresariais apresentam um uso superior a 90% no que diz respeito ao contacto com serviços públicos. Dentro desta interação, as ações mais recorrentes são "preencher formulários/impressos online e enviar" (87,3%), "obter informações" (84,8%) e "obter formulários/impressos" (81,8%). Dentro dos acessos feitos através da Internet móvel, as finalidades são completamente diferentes como mostra o seguinte quadro do estudo do INE:

Todos os dados compilados são relativos ao ano de 2012 e foram conseguidos em entrevistas a 3.103 empresas no mês de janeiro.
A única informação que é relativa a 2011 diz respeito ao comércio eletrónico que as empresas realizaram, e dentro desta análise não se encontram empresas do setor financeiro. Em média, 14,2% das empresas analisadas receberam encomendas através do ecommerce, enquanto o número sobe para os 16,6% quando a variante é "encomendas efetuadas".
Mais uma vez a taxa de adoção entre pequenas empresas e as grandes empresas é substancialmente diferente, havendo mais de 20% de diferença entre as duas realidades empresariais relativamente ao ecommerce.