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Pesquisadores de segurança das universidades de Oxford, Genebra e Califórnia viraram hackers. Eles fizeram uma demonstração preocupante durante a Usenix Security Conference. Com o auxílio de uma interface cérebro-computador (BCI) disponível no mercado, eles foram capazes de hackear um cérebro humano e extrair dele informações.

Interfaces desse tipo são aparelhos compostos de um hardware, que lê eletromagneticamente a atividade do cérebro, e softwares, que interpretam os sinais da mente para entender comandos simples, como virar à direita, subir, descer ou dar meia volta, por exemplo. Normalmente usadas na medicina, essas interfaces cerebrais já surgiram no mercado voltado ao consumidor final a custos de US$ 300.
Os pesquisadores adaptaram o funcionamento dos aparelhos para lerem dados sensíveis do cérebro. Com o equipamento pronto, selecionaram 28 participantes, que não sabiam que estavam sendo hackeados. A experiência teve uma taxa de sucesso de 10 a 40% em extrair informações como: nome do banco, número de cartão de crédito, endereço da casa e data de nascimento, por exemplo.
Para chegar nesse resultado, os cientistas adaptaram o software que interpreta o cérebro para se ater num pico de tensão específico do cérebro, conhecido como P300. Em essência, trata-se de um sinal típico emitido pela mente quando identificamos algo que é significativo para nós enquanto indivíduos, ou que tenha relação direta com uma tarefa que estamos executando naquele instante.
Na experiência, os cientistas exibiram aos participantes imagens de cartões, endereços, datas, imagens de mapas e etc. Depois de algum tempo, foi uma questão de filtrar os dados e fazer uma analise do que seu cérebro revelou ao equipamento sem querer.
Na avaliação dos pesquisadores, no futuro, com o barateamento das interfaces cérebro-computador, malwares voltados diretamente para seu cérebro poderão ser um novo problema. Para evitá-los, muito mais do que uma mente sã e forte, você precisará deixar de lado a vontade de comandar o computador com a mente ou certificar-se fortemente da proveniência dos aplicativos que usa.
Mais detalhes: http://www.extremetech.com/extreme/134682-hackers-backdoor-the-human-brain-successfully-extract-sensitive-data