pisandelli (25-05-2013, 14:03) escreveu:Cara achei legal o texto. Não li ainda os comentários no fórum. Mas sua placa de vídeo, como está comparando com a outra?
A minha placa de vídeo está corretamente instalada no meu comptudor principal, no mais novo. Já no caso do computador mais antigo, sinceramente nem sei, não voltei a ligá-lo para dizer verdade. Mas creio que está também corretamente instalada.
Mesmo que nesse não estivesse corretamente instalado, o facto é que é mais fluido, nisso não há volta a dar. Claro que pode ser por ter dois monitores ligados, isso mais resolução a trabalhar, no entanto, esta falta de fluidez mostra-se também presente num só monitor e não devia ser fator de influência uma vez que é um computador bastante mais novo e que roda muito bem (até me espantei) o Crysis 2.
pisandelli (25-05-2013, 14:03) escreveu:Concordo que o Ubuntu diminuiu um pouco na fluidez de animações, mas talvez porque o Unity ainda tem muito a evoluir. A Canonical pretendia, com o Unity, não depender mais de tantas agendas para cumprir a sua própria. Por isso o Unity tende a ser cada vez mais "independente". Estrategicamente falando, acho um passo importante. O problema é que isso os leva a estaca zero em muitas coisas.
Sim, sem dúvida que o grande fator, ou problema, é o Unity. Sem dúvida. Evoluir? Não tem que evoluir, tem de ser criado do zero (que espero que assim esteja a ser feito no Unity Next). O grande problema do Unity foi ser desenvolvido assim: apresentar algo feito e depois otimizar. Claro que isso dá asneira. Isso é algo muito similar ao que a Microsoft sempre fez, que obviamente deu errado nestes anos todos, principalmente na sua vertente de segurança em relação à rede.
No Linux as coisas sempre evoluiram de forma natural (~orgânica) e por isso começavam sempre por pouco funcionais mas extremamente rápidas. O Unity veio trocar um pouco esta forma de desenvolvimento e claro que gerou uma controvérsia enorme por se saber isso e por se ver que deu asneira em termos de peso associado.
A questão de ser algo independente é ótimo pois sendo uma empresa que apresentar ideias de forma rápida. Bom para nós! O problema é que a Canonical neste momento apresenta o Unity por cima de uma base quase toda ela de comunidade. Este facto já me fez eu criticá-la várias vezes pois pedem louros, nomeadamente doações, quando na verdade a não ser a manutenção dos repositórios praticamente apenas acrescentam um Unity sobre um sistema Linux e um sistema gráfico Gnome. Há muitas notícias de novidades da Canonical que na verdade são notícias do GNOME! Exemplo disso foi a implementação das Contas ONline. A canonical ficou erradamente com a imagem de que foi ela que fez.
pisandelli (25-05-2013, 14:03) escreveu: A questão aqui talvez não seja o Ubuntu em si, mas o Unity. E de certa forma olhando sob uma ótica evolutiva, o Ubuntu evoluiu muito e está melhorando cada vez mais, ora. Não podemos simplesmente dizer que ele está ruim porque a animação das janelas está um pouco comprometida. Puxa veja só onde o Ubuntu está chegando e veja o tamanho do esforço despendido para trazer finalmente o Linux pra luz. Tablet, TV, celulares...
Precisamente por estar algo espetacular é que em vez de desistir do Ubuntu eu quero é que ele melhore! Em todo o caso, apesar do Unity ser o grande culpado, há muita coisa inexplicável, por exemplo o Ubuntu Gnome não ser tão redondo como noutras distribuições.
pisandelli (25-05-2013, 14:03) escreveu:A questão é: o que agrega maior valor nesse momento? Gastar toda a energia em otimizar o Unity *agora*, ou perder o timming do mercado e deixar a oportunidade do Ubuntu finalmente entrar no hall dos grandes OSs?
Se a comunidade reclama do desempenho do Unity, então vamos ajudar a melhorar. Vamos encontrar as reais causas de sua baixa performance e fazer um estudo técnico mais apurado. Vamos colaborar.
Aqui é que está o cerne da questão! Este é o maior problema da Canonical! A Canonical só aceita o que lhe convém e nada mais! Houve inúmeros patches que iriam potenciar imenso o Ubuntu! O problema é que ao aceitar esses patches provavelmente teria de aceitar outros que ela não quer. Houve patches de otimização e houve acima de tudo patches de maior abrangência. Um deles era a excelente modificação que permitia pôr a barra em baixo. Para mim, não me interessa muito pois tenho um monitor widescreen, mas houve imensos utilizadores que adoraram e usaram até quando puderam. Sabe até quando? até ao próximo Ubuntu em que a Canonical não aceitou o patch e ele ficou esquecido.
Infelizmente esta é a realidade. Há muitas coisas que fizeram para a Canonical, mas eles simplesmente querem fazer eles da maneira deles. Aqui é que está o grande problema dos últimos tempos relativo à comunidade e é precisamente por causa disto que eu refiro no texto que o Ubuntu foi excelente enquanto trabalhava com uma simbiose excelente com a Comunidade. Desde que começou a distanciar-se a coisa mudou e muito, para o torto.
Sobre patches que a Canonical nunca aceitou, refiro-me por exemplo a estes dois:
pisandelli (25-05-2013, 14:03) escreveu: A Canonical ainda está trabalhando arduamente no Unity.
Tanto que a performance no 13.04 está bem melhor, sem dúvida. E não podia ser diferente, pois se não fosse assim, como entrar no Hall dos grandes OSs? Estão acontecendo muitas coisas simultaneamente e as peças estão se encaixando, mais lentamente do que muitos gostariam, mas estão.
Detestava o Gnome, mas apostei que ele fosse evoluir. Detestava o Unity e fiz mesma aposta.
Sim, sou o primeiro a dizer isso! Aliás, eu deixei a minha LTS (Ubuntu 12.04) para o Ubuntu 13.04 pois vi que ele estava consideravelmente mais rápido! No entanto, comparando com o Ubuntu 10.10 está ainda MUITO longe! A velocidade é claramente superior. E se você reparar tenho os mesmos efeitos e mais alguns no Ubuntu 10.10. A diferença está apenas numa barra e num menu global. De resto o dash do Unity é substituido por um sistema ainda melhor que se chama Gnome-Do (descontinuado infelizmente) que permitia fazer tudo o que o Unity faz, nomeadamente abrir programas e ficheiros, permitia procurar na internet, permitia mudar configurações entre muitas outras coisas. Repare por exemplo nesta excelente funcionalidade do Gnome-DO:
Em suma, o sistema tem os mesmos efeitos, praticamente, mas é consideravelmente mais pesado (um computador melhor não consegue ser sequer tão fluido). Ora isto acho que é inadmissível para aquela distribuição que é a mais usada no mundo inteiro e que quer ser o SO mais usado no mundo dos computadores.
pisandelli (25-05-2013, 14:03) escreveu:Seu video e texto são importantes para manter aceso o farol indicando que ali precisam melhorar, mas o Ubuntu está caminhando para algo ainda melhor. Um sistema realmente multiplataforma. Nosso dever como comunidade é ajudar a fazer essa história bem sucedida. Ah, outra coisa. Como estava seu consumo de RAM durante o teste?
Uma coisa que percebi também é que realmente a versão 64bit é terrivelmente inferior a 32bit na velocidade das animações. Não me pergunte porque. Testa a versão 32bit frente a uma 64bit na mesma máquina. Eu uso a 32 numa maquina 64 e é bem suave. Será que procede?
Quanto ao Ubuntu estar bem encaminhado, funcionalmente isso concordo a 100%, completamente! Ao nível funcional está excelente mesmo! Sobre a velocidade vai caminhando de forma lenta. E agora com a prioridade do Ubuntu Touch temo que a velocidade seja ainda mais afetada. Infelizmente.
Sobre a memória, não sei. No caso do computador antigo tinha apenas 1GB de memória RAM e tinha o Chrome aberto. No computador mais novo tenho 4GB de memória RAM (que nunca ultrapassa os 2GB de ocupada a não ser que use programas muito pesados mesmo) e na altura tinha, creio eu, o Firefox aberto e muitas abas abertas.
Se o 64 bits é mais lento? Desconheço totalmente. É facto que o 64 bits gaste mais memória, mas isso é por causa do barramento, é algo natural caso não haja uma preocupação de muito baixo nível para otimizações. Isso é raro, e perfeitamente aceitável que não aconteça devido à complexidade e "desotimização" do processador que poderá advir. Não vou experimentar, pois este é o meu computador de produção, onde não posso fazer experiências a torto e a direito