por silverio » Sáb, 20 de Julho 2013, 2:23
Parabens ao forum pela divulgação desta informação.
No entanto, gostaria de ressaltar a importante participação do Major Eriberto, pelas esclarecedoras informações, primeiro da sigla DCT ( Departamento de Ciencia e Tecnologia ) do Exército Brasileiro, e demais informações prestadas. Aproveito para parabenizar publicamente o Major Eriberto pela grandiosa contribuição que prestou e continua a prestar ao Software Livre no Brasil, através de suas ações dentro e fora do Exército. Ainda nao tive o privilégio de conhecer pessoalmente esta lenda viva da tecnologia no Exército, mas tenho relatos de sua personalidade, humildade e prestabilidade são algumas de suas marcas.
Entretanto, falando como o responsável pelo primeiro Batalhão do Exercito totalmente migrado pra linux, 24º Batalhão de Caçadores, 2002, São Luís do Maranhão e pelo único Hospital do Brasil totalmente em linux, migrado em 2005, Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza-CE, Hospital do Exercito onde sirvo até hoje, aproveito para acrescentar algumas colocações.
O Exército Brasileiro assumiu o compromisso, na adoção do software livre, com a economia do dinheiro público, a segurança, a facilidade de manutenção, flexibilidade e demais vantagens que já conhecemos. Inicialmente, a quem costumamos chamar de pai do linux no Exército, o Maj Eriberto desenvolveu o mais importante trabalho rumo a essa conquista e a quebra dos paradígmas. Criou as primeiras diretrizes e um forum interno do Exercito, que permitiu a interação entre os talentos isolados que surgiam dentro da força, naquele forum podiamos compartilhar as experiencias de sucesso, mostrar que podia ser feito e como podia ser feito.
Foi exatamente nessa época que surgiu o ubuntu. Naquele momento tinhamos como principal ferramenta o kurumin, em alguns casos particulares eu utizava alguma outra distro que me permitisse resolver algum problema específico. De início o ubuntu nao teve espaço, pois os scripts do kurumin eram uma mão na roda e permitia facilmente remasterizar personalizações para uso interno do Exército. A experiencia aumentava e militares de diversas partes produziam suas remasterizações de maneira a auxiliar os que ainda estavam realizando migração, fornecendo a estes soluções estáveis com um minimo de exigencia de conhecimento no SO. Enquanto isso o Projeto Ubuntu crescia e amadurecia, tomando conta do mundo. Esse amadurecimento e a morte das distro como kurumin, kalango, conectiva e outras, fez com que o ubuntu se tornasse a ferramenta mais viável na migração da Força Terrestre do Brasil, sendo adotada pelos talentos individuais que se revelavam no interior das organizações militares, estes de diversos postos e graduações, de soldado a coronel, os apaixonados por tecnologia aderiam ao linux e se dedicavam na missão de migrar todas as unidades do Exercito para o software Livre.
Apesar de largamente utilizado, o ubuntu não é a única distro utilizada, a exemplo do Hospital que trabalho, que utiliza atualmente o Fedora, opção do pessoal do setor de informática, ao qual não pertenço mais.
Finalizando meu post, quero deixar aqui o registo de que o compromisso do nosso Exército é com a Pátria, promovendo economia, segurança e desenvolvimento, com a entrega a cada ano de milhares de soldados, que servem as nossas fileiras, de volta a sociedade, com novos conhecimentos em software livre, tornando-os cidadãos mais aptos ao novo mercado de trabalho que cresce com o amadurecimento do software livre. Esse desenvolvimento ocorre também no seio das famílias dos militares de carreira, que se acostumaram com linux no trabalho e estenderam aos computadores da residência o uso do mesmo.
***Sou o 1º Sargento LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA SILVÉRIO. nome de guerra SILVÉRIO, desenvolvedor PHP+MARIADB, usuário de linux desde 2000 com o redhat, atualmente utilizo UBUNTU 13.04 e slackware, meu filho mais velho (14) usa mint, o mais novo (12) usa Ubuntu e minha esposa o Fedora 19. Familia livre - falimia feliz. *****
Abraço a todos.