Corroborando o pensamento de Julian Assange em entrevista à rede de televisão Telesur em 30 de agosto de 2012: as redes sociais são INIMIGAS dos movimentos sociais. Seja qual for o cunho ou o objetivo final do movimento social em questão. Isto porque, dentro da era da informação, as corporações detentoras das redes sociais (aí incluo também e-mails), como Google, Microsoft e Facebook, detém informações detalhadas, seja de pessoais ou do movimento em que a pessoa pertence.
Assange vai além. Diz que, atualmente, existe um grande movimento destas corporações a tomarem medidas autoritárias e se acercarem de um modelo político nestes moldes. Existe um mercado oculto do grande público onde as informações pessoais dos usuários de e-mails, redes sociais e serviços online semelhantes são vendidas para órgãos governamentais (como a Agência de Segurança Nacional dos EUA – Assange deve estar tratando do FBI).
E o pior: o criador do portal Wikileaks afirma que existe um meio legal de qualquer corporação ou agência governamental atacar qualquer civil por meio destas informações transacionadas sem conhecimento do público – ataque este que ele denominou “Signature strike”, ou “ataque assinado”. A definição exata do meio legal criado pelo governo dos Estados Unidos para que haja este tipo de ataque por parte do governo a cidadãos se chama Lei de Autorização de Defesa Nacional. Esta lei facilita a prisão de qualquer pessoa no mundo, independente de seu cargo, à prisão de Guantánamo, em Cuba.
A atitude do grupo ativista Wikileaks frente a estas ofensivas governamentais e corporativas foi o que Assange chamou de “Spy Firewall”, ou seja, uma forma de denunciar e desviar a atenção destes órgãos governamentais aos alvos civis supostamente culpados apenas por informações dispostas voluntariamente na internet. Assange não divulgou detalhes deste mecanismo na entrevista, por motivos óbvios.
Julian Assange ainda coloca um ponto chave em seu ponto de vista claríssimo em relação à imprensa ocidental. Ele denuncia a falsidade com que vem se noticiando na grande mídia ocidental os conflitos atuais na Síria. Afirma que fotos da rede britânica de imprensa BBC estariam com legendas falsas; fotos do Iraque estariam sendo usadas para descrever os ataques do governo autoritário sírio, colocando, assim, ainda mais em cheque a confiança de todos nós a cerca da imprensa ocidental.
Portanto, além do alerta óbvio de não fazer do Jornal Nacional ou dos grandes jornais do país sua única fonte de informação, deixo meu alerta a todos os movimentos sociais: NÃO DEIXEM SEUS DADOS, DISCUSSÕES E/OU DELIBERAÇÕES EM QUALQUER REDE SOCIAL! ORKUT, FACEBOOK, GOOGLE+, NÃO IMPORTA, RETIREM SEUS DADOS CRUCIAIS DE LÁ, MILITANTES POLÍTICOS!
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